quarta-feira, 11 de maio de 2011

Caravana para Brasília: impressões de uma mobilização


Foto tirada pela organização dos manifestantes em frente ao Congresso Nacional
 Em tempos que tanto se fala de inércia, falta de dinamismo e consciência política, presenciamos um grupo de 88 estudantes da ESALQ reconhecerem seu papel de cidadãos, irem à busca de democracia e lutarem em defesa de seus ideais.

O dia 7 de abril de 2011 se iniciava e os 88 estudantes com o apoio de professores e da SOS Mata Atlântica chegaram a Brasília - Distrito Federal - onde muitos dos rumos do país são decididos. A viagem fora longa, mas naquela manhã de agitação em frente ao Congresso Nacional não havia cansaço.

Lá estavam presentes também vários movimentos sociais - Via Campesina - ONGs Ambientais e mais estudantes de vários lugares. Todos em defesa do Código Florestal e contra a proposta de alteração do mesmo, a qual estava para ser votada por aqueles dias na Câmara dos Deputados.

A manifestação foi pacífica e significativa, grupos se formaram para dialogar com os deputados passando de gabinete em gabinete, outro para participar da reunião com o presidente da Câmara, o deputado Marco Maia. Nesta reunião também estavam presentes deputados ambientalistas e líderes dos movimentos e ONGs presentes na Mobilização.


Outros dois grupos ainda conseguiram conversar com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e com o relator da proposta de mudança, o deputado federal Aldo Rebelo.


Em todos esses encontros foi apresentada uma carta aberta redigida pelos estudantes com argumentos baseados no conhecimento científico, na consciência ética e cidadã. A carta refutava as alterações previstas e propunha o diálogo aberto entre parlamentares, sociedade cilvil, pesquisadores, movimentos sociais e ONGs para a construção de um Código Florestal realmente representativo que alie de fato produção e preservação a partir de uma nova mentalidade, de um novo tipo de desenvolvimento.


O dia chegava ao fim, no gramado em frente ao imponente prédio do Congresso Nacional à luz do entardecer , pairava aquela sensação de parte do dever cumprido, uma alegria mansa depois de um dia inteiro andando, batucando, cantando e proferindo palavras de ordem.
Naquele momento era possível perceber a motivação de querer e dever continuar na luta.

Por Maria Clara Bernardes


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