segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Meio Ambiente e saúde: estudos sobre a produção de hormônios no organismo humano

Na década de 90 um filme documentário intitulado ”Agressão ao Homem: o futuro roubado” (LYNCH, 1993) produzido pela televisão inglesa BBC, em 1993, apresentou uma série de pesquisas realizadas, em diversos países do mundo, relacionando a ingestão de substâncias que mimetizam estrogênios (um tipo de hormônio) a diversas doenças, como o câncer de mama, diminuição da fertilidade e problemas no sistema reprodutivo de diversos animais, inclusive de mamíferos.





  Os estrogênios são hormônios responsáveis pelo aparecimento das características sexuais secundárias femininas. Estão presentes em homens e mulheres, sendo que, quando em grande quantidade, podem causar efeitos adversos. Diversos produtos químicos produzidos sinteticamente pelo homem, quando ingeridos podem atuar como estrogênios femininos no organismo e causar danos à saúde. Exemplos são: DDT (Dicloro-Difenil-Tricloroetano), DDE (2,2-bis-p-clorofenil-1,1-dicloroetileno), Kelthane, Heptachlor, Fenol, BHA (butil-hidroxi-anisol), e PCBS (Bifenil policlorado), incluindo os agrotóxicos e os poluentes (BILA & DEZOTTI, 2007; CADBURY, 1993).

  No documentário, os pesquisadores relatam experimentos que demonstram o efeito dessas substâncias em animais, como camundongos, jacarés e peixes. O Dr. Richard Sharpe da Unidade de Biologia Reprodutiva de Edimburgo (Escócia) e o Prof. Niels Skakkebaek do Departamento de Crescimento e Reprodução do Hospital Universitário de Copenhagem (Dinamarca) descobriram que existia uma relação entre diversas doenças que estavam se tornando comum em meninos, como a não descida do testículo, a feminilização do trato reprodutivo e a má formação da uretra, com a exposição excessiva a hormônios femininos. Na mesma época, a Dra. Ana Soto do Departamento de Biologia Celular da “Tufts University School of Medicine” de Massachusetts (EUA) constatou que o nonifenol, um produto amplamente utilizado nos anos 40, também mimetizava o estrogênio e causava a proliferação de células de câncer de mama.

  Segundo artigo publicado no site Terra (VLAHOU, 2008), um estudo recente, realizado em 2008 por Fabrizio Menchini Fabris da Universidade de Pisa (Itália) observou queda do número de espermatozóides em homens expostos a poluição. Segundo ele, homens que vivem em grandes centros urbanos ou áreas poluídas possuem um número menor de espermatozóides do que aqueles que vivem em áreas menos poluídas. Um outro estudo semelhante já havia sido realizado e mostrado no documentário pelo Prof. Niels Skakkebaek, que ao estudar amostras de sêmen de homens jovens, percebeu que mais de 50% de seus espermatozóides apresentavam alguma anormalidade. Observou também que o número e mobilidade dos espermatozóides do grupo apresentava considerável redução em relação a homens estudados 20 anos antes.


  A exposição a estas substâncias está por toda parte. Um exemplo disso é o Bisfenol A, uma substância que está presente no revestimento interno da maioria dos enlatados e diversos plásticos, incluindo os de algumas mamadeiras. Com essa substância foi feito um experimento expondo ratas grávidas a doses mínimas, conjuntamente com ftalatos (também presente em diversos produtos, como roupas, cosméticos, detergentes e brinquedos), causando o nascimento de machos com testículos até 15% menores e com 20% a menos de sêmen. Ambas as substâncias ainda são utilizados no Brasil, sem proibição, pois a FDA (Food and Drug Administration), agência que regula produtos alimentícios e farmacêuticos, alega que ela não está presente em quantidades alarmantes e é rapidamente metabolizada, não apresentando riscos a saúde. Porém, em alguns lugares, como no Canadá e no Estado da Califórnia (EUA), este produto já é proibido (FORESTI, 2009).

  Como se pode observar a exposição a essas substâncias é praticamente inevitável. Ela pode ocorrer através do contato direto no local de trabalho ou em casa, ou indireto, através da ingestão de água ou alimentos contaminados. A contaminação indireta por alimentos pode ocorrer através da ingestão da carne de animais que ingeriram esses hormônios ou da ingestão de vegetais nos quais tenham sido aplicados pesticidas. Elas também podem ser encontradas em diversos tipos de plásticos, lodo biológico de estações de tratamento de efluentes e em chorumes de aterros sanitários.
Existe a necessidade de se desenvolver novas pesquisas sobre o assunto, propor tecnologias alternativas, elaborar recomendações para fabricação de produtos e viabilizar o tratamento de água para retirada desses tipos de substâncias da água que consumimos, processo esse de altíssimo custo.


BIBLIOGRAFIA:
 BILA, D.M. & DEZOTTI, M. Desreguladores endócrinos no meio ambiente: efeitos e conseqüências. Quím. Nova, Vol.30, No. 3, 651-666, 2007.


CADBURY, D. Assault On Male. Inglaterra: BBC Horizon, 1993 (50 min.). Acesso 14 dez. 2009.


FORESTI, T. Mamadeira de plástico faz mal? Revista Crescer. Acesso em 05 de novembro 2009.


GEROLIN, E.R.R., ISAAC, R.L. & EBERLIM, M. Ocorrência de agentes químicos estrogênicos naturais: estriol e 17β-estradiol, sintético 17α etinilestradiol e xenooestrogênico nonifenol nos mananciais e águas de abastecimento da bacia do Rio Atibaia, Campinas e Sumaré-SP.

NUNES, M.V. & TAJARA, E.H. Efeitos tardios dos praguicidas organoclorados no homem. Rev. Saúde Pública, 32(4): 372-382. 1998. Acesso em: 29 outubro 2009.


RAIMUNDO, C.C.M. Ocorrência de interferentes endócrinos e produtos farmacêuticos nas águas superficiais da bacia do rio Atibaia. Dissertação de mestrado. Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Química. 2007.

VLAHOU, A. Estudo: poluição reduz número de espermatozóides. Terra Notícias, mar. 2008. Disponível em: . Acesso em: 29 out. 2009.




Por Myldred Ometto Spinelli, graduanda do Curso de Ciências Biológicas da ESALQ/USP, sob orientação da Profa. Laura Alves Martirani durante a realização de Estágio Supervisionado do Programa de Licenciatura da ESALQ/USP.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Oficinas continuam, agora em Rio Claro!

   Na tarde da última segunda-feira, 7 de dezembro, os alunos da 6a série da Escola Estadual “João Baptista Negrão Filho”, no município de Rio Claro-SP, participaram da Oficina de Educomunicação Socioambiental que é desenvolvido nas cidades por onde passa o Rio Corumbataí. As atividades são parte do Projeto “Novas Tecnologias da Comunicação e Educação Ambiental na bacia Hidrográfica do rio Corumbataí, junto ao qual a mestranda Vivian Battaini desenvolve sua dissertação de mestrado e que visa possibilitar a estes estudantes um olhar diferenciado para o Rio Corumbataí, aprender mais sobre ele para disseminar entre vizinhos, familiares e amigos, a necessidade de conservá-lo e a importância dele para toda a população.


   Após cinco semanas de atividades os alunos puderam aprender sobre os ecossistemas locais, em especial o Rio Corumbataí, e a necessidade de preservá-lo; analisaram os meios de comunicação para compreender como o ambiente é trabalhado pelos diferentes meios impressos e a necessidade de criar espaços de comunicação para o exercício da cidadania; realizaram saída de campo, na qual aprenderam mais participativamente sobre a fauna, flora, a qualidade da água da região e aplicaram questionários junto aos moradores ribeirinhos sobre a percepção deles sobre o Corumbataí. Além disso, discutiram como seria o município de seus sonhos e como cada um pode contribuir para que isso se torne real.
Para a pesquisadora e responsável pelas oficinas, Vivian Battaini, “essa dinâmica em trabalhar o ambiente, não apenas atentando aos problemas do Rio, mas interligando-os a realidade social, a contribuição da população, e até mesmo midiática, possibilita um olhar mais crítico dos alunos sobre a sociedade”.


   Uma parceria foi feita com o Diário de Rio Claro, a escola e a pesquisadora, que possibilitou que os trabalhos realizados na escola ocupassem manchete na capa do jornal e quase uma página inteira de matéria sobre a saída de campo e a proposta do trabalho. “Essas parcerias só vem a somar em nosso trabalho, pois a alegria dos alunos em ver suas fotos na capa do jornal dispensa qualquer comentário e nos dá a certeza de que mais trabalhos como esses devem ser realizados e pensados nas escolas, de forma que o aluno acredite naquilo que ele faz, mas o principal envolva-se com a escola e não apenas vá para a escola”, concluiu Vivian.


   Na oficina os alunos aprenderam, com a ajuda do Jornalista do Diário de Rio Claro, Adriel Arvolea, como produzir um texto e com todo material das oficinas anteriores – fotos, desenhos, textos, poesia e músicas – elaboraram um fanzine. No material eles traduzem suas experiências e conhecimentos adquiridos na oficina, que ficará para sempre guardado na mente deles e nas folhas que compõem o fanzine.



Por Marcio Oliveira, jornalista e mestrando do Programa de Ecologia Aplicada (Cena e Esalq/USP)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Educação Ambiental e os Coletivos Educadores

Coletivos Educadores são grupos formados por diferentes instituições (universidades, secretarias de educação e de meio ambiente, órgãos públicos, ONGs, pastorais, Redes de Educação Ambiental, Movimentos Sociais) que atuam no campo da educação ambiental, educação popular, ambientalismo e mobilização social, em processos formativos permanentes, participativos e continuados.
A formação de Coletivos Educadores foi proposta pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) a partir do Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA) e do Programa Nacional de Formação de Educadoras e Educadores Ambientais (ProFEA). A proposta se consolidou em 2006 através da primeira chamada pública para o Mapeamento de Potenciais Coletivos Educadores para Territórios Sustentáveis. Hoje existem cerca de 150 coletivos no território nacional.

O papel de um Coletivo Educador é promover a articulação institucional para consolidação de políticas públicas em educação ambiental e a reflexão crítica acerca da problemática socioambiental. O objetivo é criar condições para o desenvolvimento continuado de ações e processos de formação em Educação Ambiental visando a construção de territórios sustentáveis.
Os Coletivos Educadores promovem processos de formação por meio da arquitetura da capilaridade que busca formar um cidadão multiplicador de processos educativos (BRASIL, 2006). Isso significa fomentar a construção de um processo dialógico em que todas as pessoas do município venham a atuar como educadores ambientais, de modo a colaborar para um debate que influencie nas políticas públicas.



O Coletivo Educador Pirá Sykauá (que em tupi guarani significa “lugar onde o peixe pára”, Piracicaba) é formado por representantes de grupos de estágio e de laboratórios da ESALQ (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”), integrantes da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, ONGs, entre outros. O coletivo de Piracicaba se iniciou em 2006, na época de realização do evento Semana do Pisca, evento que consiste numa série de atividades de Educação Ambiental voltadas para a conservação da sub-bacia do Piracicamirim. Com o desenvolvimento das atividades, o grupo ampliou sua atuação para o município de Piracicaba e região.
Atualmente, o coletivo Pirá Sykauá desenvolve atividades em todo o município de Piracicaba e região. Qualquer pessoas interessada está convidada a participar das reuniões, que ocorrem às segundas feiras, às 14:00 hs, a cada quinze dias. As reuniões ocorrem nos diversos espaços das instituições. Quem tiver interesse em participar deve enviar contatar o coletivo educadores (019-3429-4436, r. 235 ou coletivopira@gamail.com). A educação ambiental, quando participativa, portanto, comprometida com a transformação social, pode contribuir para a ampliação e consolidação de uma cultura mais democrática e, portanto emancipatória da sociedade. Para Paulo Freire, é através da perspectiva emancipadora da educação que o ser humano chega a ser sujeito, podendo assim, construir-se e construir a sua própria história.

Referências

BRASIL. Programa Nacional de Formação de Educadoras e Educadores Ambientais (PROFEA), Brasília: Ministério do Meio Ambiente (MMA), 2006.

Por Lorena Gebara, graduanda do oitavo semestre do curso de Ciências Biológicas, ESALQ/USP, estagiária do Projeto Educorumbatai, sob orientação de Profa. Laura Alves Martirani, coordenadora do Projeto

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Oficina de educomunicação - 6ªA, EMEF “Maria de Lourdes Pedroso Perin" em Corumbataí/SP

  O projeto de mestrado “Educomunicação Socioambiental no contexto escolar e conservação na bacia hidrográfica do rio Corumbataí” se propôs a realizar Oficinas de Educomunicação Socioambiental com o Ensino Fundamental II em cada uma das cidades por onde passa o rio Corumbataí – Analândia, Corumbataí, Rio Claro e Piracicaba.
  O objetivo foi trabalhar a educação e a comunicação ambiental de modo integrado ao desenvolvimento de temas transversais, através de proposta pedagógica interdisciplinar com vistas à democratização e à acessibilidade à informação socioambiental e enraizamento da educação ambiental em nossa sociedade.
  A primeira Oficina foi realizada no município de Corumbataí (SP).


A parceria foi realizada com a Escola Municipal de Ensino Fundamental “Maria de Lourdes Perin”.
  Durante os meses de agosto, setembro e outubro trabalhamos o município de Corumbataí e a Bacia hidrográfica de mesmo nome e refletimos sobre a identidade e o pertencimento dos participantes.


 Falar sobre a realidade dos mesmos possibilitou motivar e envolver os alunos que optaram por relatar suas experiências através da construção de um Fanzine. Partes das atividades se organizaram neste blog.


  Sendo este a ferramenta que possibilitará a continuidade das atividades e a comunicação entre as escolas, a pesquisadora e a escola, a comunidade e a escola.
Obrigada 6ªA, EMEF “Maria de Lourdes Pedroso Perin” e comunidade escolar por esta parceria!


Por Vivian Battaini, em colaboração Isabela Kojin Peres e Laura Alves Martirani

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Recursos hídricos e o abastecimento de água em Piracicaba




A crescente degradação ambiental ameaça a qualidade e quantidade de água utilizada para suprir as necessidades humanas nas mais diversas regiões do Planeta.

O Brasil é um dos países dotados de maior abundância hídrica do mundo, especialmente devido ao volume de águas existente na região amazônica e no aqüífero Guarani. Acontece, entretanto, que a distribuição de água em nosso país não é uniforme. Enquanto na região Amazônica existe abundância, a região Nordeste enfrenta secas prolongadas e a Sudeste depara-se com o alto grau de poluição de seus principais rios: Tietê, Jundiaí, Piracicaba, dentre outros.



Com a construção do Sistema Cantareira, em meados dos anos setenta, 31 m3s (metros cúbico por segundo) de água foram desviados da bacia do Rio Piracicaba para o abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo. Paralelamente e diante de todo o desenvolvimento urbano, industrial e agrícola na região, a demanda continuou a crescer e a poluição a agravar-se.

A drástica redução da qualidade e de quantidade da água do rio Piracicaba nas últimas décadas, levou o rio a ser classificado como rio classe 4 pela CETESB: suas águas foram consideradas impróprias para consumo humano mesmo após tratamento convencional. Com isso, tornou-se necessário captar e tratar a água do rio Corumbataí para o abastecimento da cidade.

Não só a cidade de Piracicaba, mas, de um modo geral toda a região que faz parte das bacias PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí), encontra-se numa situação bastante crítica. Estudos feitos pelo DAEE (1988 e 1994) apontaram uma relação de 40,40 m3/s de disponibilidade contra 41,33 m3/s de demanda nas Bacias PCJ (Agência Nacional de Águas, 2007, p. 50). Recentemente e segundo o Presidente do Serviço Municipal de Água e Esgoto de Piracicaba (SEMAE), o Sr. Vlamir Augusto Schiavuzzo, o novo contrato com a SABESP assegura o fornecimento de no mínimo de 42m3/s para a região. Vários setores da sociedade estão se mobilizando em busca de soluções, visando a gestão integrada e participativa dos recursos hídricos, como é o caso do Consórcio e Comitê PCJ.

Diante disso, e preocupados em ampliar a participação social e o envolvimento da Universidade e escolas da região nesse processo, iniciamos o projeto “Educomunicação Socioambiental na bacia Hidrográfica do Rio Corumbataí”, com o objetivo de estimular o exercício da cidadania numa perspectiva comunicacional. Com essa iniciativa pretendemos socializar saberes e dizeres relacionados a conservação dos recursos hídricos; sensibilizar, conscientizar e fortalecer a percepção e identidade socioambiental das pessoas que vivem nessa bacia hidrográfica e fomentar um processo de comunicação com a participação da comunidade escolar e universitária em torno dessas questões, sendo o blog Educorumbatai o espaço ao qual dirigimos nossas ações.

Referência:

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (Brasil). A implantação da Cobrança pelo uso de recursos hídricos e Agência de Águas das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Brasília: ANA, SAG, 2007.

Por Laura Alves Martirani, coordenadora do Projeto “Novas Tecnologias da Educação e Comunicação Ambiental na Bacia Hidrográfica do rio Corumbataí” e docente da ESALQ/USP.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Gepura: pesquisa e extensão universitária para a conservação dos recursos hídricos

A preocupação com a degradação dos recursos naturais, em especial com a poluição das águas, foi o fator motivador de criação, em 2005, do Grupo de Estudos e Práticas de Uso Racional da Água (Gepura). Formado por alunos de graduação e pós-graduação da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP) e Escola de Engenharia de Piracicaba (EEP), o Gepura é orientado pelos profs. Marcos Vinícius Folegatti (ESALQ/USP) e Plínio Barbosa de Camargo (CENA/USP).

Com foco nas bacias hidrográficas do Piracicaba, Capivari, Jundiaí (PCJ), o Gepura objetiva contribuir para a gestão dos recursos hídricos nessa região, desenvolvendo projetos de manej
o de microbacias, monitoramentos hidrológicos dos rios da região e projetos de políticas públicas à procura de instrumentos para conservação das águas.

Como exemplo de trabalho a favor da difusão do conhecimento e da educação ambiental, o grupo promoveu o “I Seminário Água: Desafios para a Conservação” realizado nos dias 20 e 21 do mês de agosto deste ano.



Os alunos de graduação que integram o grupo são: Natacia Vidas, Victor Paoleschi, Gabriela Marçal, Denise Rasera, Paulo Lattari, Letícia Cabral, César Santos, Jean Carvalho e Rebeca do Amaral. Estes são de diversos cursos, como Gestão Ambiental, Engenharias Ambiental e Florestal, o que dá ao grupo um caráter multidisciplinar e interinstitucional, essencial para tratamento de um tema transversal como os recursos hídricos.



Por Elton Ap. Souza Martins, graduando em Engenharia Agronômica da ESALQ e estagiário do Projeto “Novas Tecnologias da Educação e Comunicação Ambiental na Bacia Hidrográfica do rio Corumbataí”, com base em entrevista realizada com o grupo Gepura em 10/09/2009 e Laura A. Martirani.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Filosofia e Linha Editorial do Blog Educorumbatai


A palavra blog é uma contração dos termos web e log, sendo a palavra log empregada para designar um sistema de registro de dados gerado por programas de computador, no caso, uma sequência de textos, imagens ou mesmo de vídeos publicados de forma rápida e simples na Internet. As publicações podem ser diárias e ficam dispostas em ordem cronológica inversa, com início pela postagem mais recente.

O blog Educorumbataí tem o objetivo de servir de canal de experimentação para conjunto de ações educomunicativas, envolvendo a educação e a comunicação ambiental, com atividades de iniciação a prática jornalística, no contexto da bacia hidrográfica do rio Corumbataí. Trata-se de um espaço criado para abrigar a produção de material textual, visual e/ou audiovisual, resultante de conjunto de atividades de educomunicação socioambiental desenvolvidas pela equipe do projeto.

O objetivo é estimular, ao espírito de um ecojornalismo comunitário e de exercício da cidadania, o desenvolvimento da percepção crítica da realidade socioambiental e processo de intercomunicação entre jovens de diferentes escolas, de diferentes níveis de ensino e cidades de uma mesma bacia hidrográfica. Pretende-se, desse modo, contribuir para um processo de fortalecimento de identidades no contexto da bacia hidrográfica, unidade referencial para gerenciamento da Política Nacional dos Recursos Hídricos (Lei 9.433 de 1997).

Os leitores do blog, colaboradores e participantes do projeto, cibernautas de plantão e interessados nas matérias e no projeto, geralmente são estimulados por uma imensa diversidade de informações e nem sempre conseguem ler as matérias até o seu final.

Pelo exposto acima, a linha e filosofia editorial do Blog Educorumbatai orienta seus colaboradores a produzir textos de fácil leitura e compreensão. Recomenda que as matérias sejam iniciadas com um parágrafo introdutório, lead no jargão jornalístico, com o objetivo de contextualizar o tema e responder às cinco questões básicas do jornalismo: o quê, quem, quando, onde e por que. Propõe aos autores/colaboradores que organizem seus textos por ordem decrescente de importância ao que se chama na linguagem jornalística de “pirâmide invertida”, em alguns casos, pode-se enfatizar os pormenores de maior surpresa. O ideal é que o texto não ultrapasse o tamanho da tela, tenha de três até no máximo sete parágrafos, com quatro a oito linhas cada. Não deixe de citar as fontes e referências bibliográficas. Lembre-se de titular e ilustrar a matéria. As ilustrações, fotos e desenhos, são produzidas pelos participantes e colabores do projeto, e devem identificar os autores.

Sua participação é muito importante para nós. Além de textos, você também pode enviar comentários, charges e vídeos ambientais.

por Profa. Laura Alves Martirani (Depto. Economia, Sociologia e Administração/ESALQ/USP), coordenadora do Projeto “Novas Tecnologias da Educação e Comunicação Ambiental na Bacia Hidrográfica do rio Corumbataí”.




quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Oficina de educomunicação promove visita ao rio Corumbataí


  Na última quinta-feira (24), os alunos da 6a série do ensino fundamental da Escola Municipal Maria de Lourdes Pedroso Perin, no município de Corumbataí, desenvolveram uma série de atividades ambientais às margens do rio que leva o mesmo nome da cidade. A iniciativa faz parte do projeto “Educomunicação sociambiental na bacia hidrográfica do rio Corumbataí” e a oficina foi oferecida pela mestranda Vivian Baittani.

  Na ocasião, cerca de 40 alunos realizaram diversas atividades de educação ambiental: coleta de água do rio para análise de qualidade; estudo da mata ciliar, das espécies vegetais e da fauna da região. Aplicaram também questionários junto aos moradores ribeirinhos para pesquisar a percepção e relação deles com o Corumbataí.

  A transformação do espaço durante as últimas décadas foi uma das grandes discussões levantadas na visita ao rio. Hábitos como pescar e nadar, comum à população idosa da região, não são freqüentes entre os jovens. A partir do ambiente estudado durante a saída de campo, as crianças puderam refletir sobre os direitos e deveres dos cidadãos e do poder público para conservação dos recursos naturais na qualidade de vida dos corumbataienses.

  A visita ao Corumbataí mostra que é possível fazer cidadania, ciência, educação e comunicação ambiental, relacionando tudo isso a uma proposta interdisciplinar de trabalho com os alunos, promovendo a interação entre eles, a equipe do projeto e professores da escola.

  A próxima etapa da oficina vai acontecer dia 6 de outubro, quando os alunos irão produzir um fanzine com o material coletado e produzido nesta saída de campo.

por Marcio Oliveira, jornalista e mestrando do Programa de Ecologia Aplicada (Cena e Esalq/USP)

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Nossas Charges Ambientais


Como parte das atividades do projeto, postamos hoje uma charge ambiental produzida pelos alunos Anrelita Pantoja Martins, Leonardo Galvão, Luciana Junqueira Tavares Correia e Mariana Callegari Ferro da disciplina “Multimeios e Comunicação” (ESALQ/USP).

Charge é uma palavra que vem do francês, charger, e que significa carga, exagero. É uma forma de expressão gráfica usada para satirizar uma situação do cotidiano, um acontecimento ou um assunto de interesse político, cultural, social ou ambiental.

Em breve estaremos publicando novos materiais produzidos pelos participantes das oficinas e alunos colaboradores de nosso blog.

Por Laura Alves Martirani e Myldred Ometto Spinelli


terça-feira, 1 de setembro de 2009

Início das oficinas na cidade de Corumbatai


   Saudações aos moradores da cidade de Corumbatai e pessoal da Escola Municipal de Ensino Fundamental “Maria de Lourdes Pedroso Perin”.
Nossa primeira oficina educomunicativa, oferecida pela mestranda Vivian Battaini do Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ecologia Aplicada (CENA e ESALQ/ USP), começou na última quarta-feira, dia 26/08.


   A escola estava movimentada e com seu calendário alterado devido ao adiamento do retorno às aula por causa da gripe suína. Mesmo assim, ofereceu acolhida e apoio ao nosso projeto, dando as condições de desenvolvimento das atividades previstas em nossa parceria.


   Na ocasião, os alunos puderam folhear jornais e revistas e refletir sobre a produção jornalística relacionada ao meio ambiente.


   Estamos postando as fotos desse primeiro encontro, em breve esperamos postar as matérias ambientais produzidas pelo grupo. Bom trabalho para a Vivian, estagiários do Projeto e alunos das oficinas, bem como nosso agradecimento à direção da escola, secretaria e professores colaboradores.

Laura A. Martirani

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Entrevista José Carlos Esquierro - Esgoto, Poluição e o Tratamento da Água de Piracicaba

Continuando a série de video-entrevistas, Esquierro nos fala sobre o Esgoto, Poluição e o Tratamento da Água em Piracicaba.

José Carlos Esquierro é engenheiro do Serviço Municipal de Água e Esgoto (SEMAE) de Piracicaba. Foi coordenador do GT Corumbataí dos Comitês das Bacias os Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). É também militante da causa dos recursos hídricos, participa de projetos junto a comunidade e a Universidade, entre os quais destacamos o "Projeto AGUAmiga - Educação Ambiental para Jovens". Gentilmente concedeu essa entrevista, em outubro de 2008, aos alunos da disciplina "Multimeios e Comunicação" da ESALQ/USP no Museu da Água

Por Laura Alves Martirani e Caetano Norichika

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Entrevista José Carlos Esquierro

José Carlos Esquierro é engenheiro do Serviço Municipal de Água e Esgoto (SEMAE) de Piracicaba. Foi coordenador do GT Corumbataí dos Comitês das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). É também um militante da causa dos recursos hídricos, participa de projetos junto a comunidade e a Universidade, entre os quais destacamos o “Projeto AGUAmiga – Educação Ambiental para Jovens”. Gentilmente concedeu essa entrevista, em outubro de 2008, aos alunos da disciplina “Multimeios e Comunicação” da ESALQ/USP no Museu da Água. Nessa edição Esquierro nos fala sobre as condições do abastecimento na cidade de Piracicaba e sobre o rio Corumbataí. Nas próximas postagens estaremos trazendo mais entrevistas.

Texto escrito pela Prof. Laura Alves Martirani

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Terra Lixo

Em continuidade a nossa mostra de vídeos, apresentamos uma produção de apenas um minuto, muito simpática, especilamente pelos efeitos especiais, feita por alunos da disciplina de "Introdução às Técnicas Audiovisuais" na ano de 1995 e intitulada " Terra Lixo". Bom divertimento!!!






quarta-feira, 22 de abril de 2009

Vídeo: "Construção da cidadania a partir de práticas sustentáveis" (2007)

O Blog está exibindo uma série de vídeos ambientais e educativos produzidos junto ao Laboratório de Vídeo. Nessa semana apresentamos o vídeo “Construção da cidadania a partir de práticas sustentáveis” produzido por alunos da disciplina “Comunicação e Educação” ligada ao Programa de Licenciatura da Esalq/USP durante o ano letivo de 2007.



Postagem realizada por: Laura Alves Martirani

domingo, 5 de abril de 2009

Laboratório de Vídeo


Bom, o vídeo da postagem anterior foi realizado com o apoio do Laboratório de Vídeo, então, aqui vai uma breve apresentação dele.
O Laboratório de Vídeo sob responsabilidade da Profa. Laura Alves Martirani, foi criado no ano 1995. Desenvolve atividades de apoio e estímulo a produção de audiovisual na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP). Já produziu mais de cento e cinqüenta vídeos de tipo experimental, educativo, científico e institucional envolvendo a participação de alunos, professores, funcionários, diretoria, chefias de departamentos, seções administrativas e pesquisadores parceiros. As atividades que envolvem os discentes estão principalmente relacionadas às disciplinas “Introdução às Técnicas Audiovisuais” e “Multimeios e Comunicação”.
Esperem que postaremos mais produções do Laboratório de Vídeo. Fiquem de olho no Educom Corumbataí que ainda temos muito mais.

Por Laura Alves Martirani e Caetano Norichika

Vídeo: "Água" (1997)

Primeiro vídeo do blog.
Esse vídeo foi produzido por alguns alunos da disciplina “Introdução às Técnicas Audiovisuais” de 1997 em conjunto com o Laboratório de Vídeo da ESALQ/USP. Com o tema Água, os alunos abordaram rapidamente o assunto e o problema do desperdício.

A água é um dos diversos temas que aqui serão discutidos. Fiquem de olho no Educom Corumbataí que ainda temos muito mais.


Por: Laura Alves Martirani

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Apresentação do blog



O blog faz parte do Projeto “Educomunicação Socioambiental na bacia hidrográfica do rio Corumbataí” ligado a um projeto temático de Pesquisa “Mudanças Socioambientais no Estado de São Paulo e Perspectivas para a Conservação" do Programa Biota da Fapesp desenvolvido por pesquisadores da ESALQ e CENA/USP.

A expressão Educomunicação Socioambiental é um conceito cunhado recentemente e encontra-se definido num documento intitulado “Programa de Educomunicação Socioambiental” produzido pelo Ministério do Meio Ambiente (2005). O termo resulta da junção de propostas da Educomunicação e Educação Ambiental, com o objetivo de potencializar processos educativos dialógicos e democráticos visando o uso dos recursos e tecnologias da comunicação.

O blog tem o objetivo de se constituir um canal de comunicação capaz de agrupar as diversas atividades de educomunicação socioambiental desenvolvidas pelo projeto e envolver os diversos grupos de trabalho, formados por jovens universitários, alunos de escolas públicas e comunidade.